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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Segurança Pessoal

Estando o nosso país a atravessar um período em que preside à União Europeia, muito se tem falado de segurança, nomeadamente dos dispositivos de segurança a individualidades. Embora o nosso país não tenha um histórico significativo de ameaças, violência ou mesmo terrorismo, é evidente que ao termos, em território nacional, individualidades estrangeiras, as possibilidades de tais actos acontecerem aumenta substancialmente e obriga a que todos os dispositivos de segurança aumentem de forma a garantir a segurança contra todas as possíveis ameaças. Mas será que Portugal é um país de forte ameaça a empresários, políticos ou individualidades? Penso que todos concordamos que a resposta é negativa. Mas até quando? Se já ouvimos, ainda há bem pouco tempo, relatos de presidentes da República a passear com a família na baixa lisboeta, deslocando-se de Metropolitano e aparentemente sem segurança individual, também já tivemos conhecimento de raptos de empresários ou familiares e mesmo ameaças físicas a políticos. Então, como protegê-los?
Durante muito tempo o nosso Estado considerou que tal tarefa competia exclusivamente às entidades policiais e militares. Devido à impossibilidade de esses organismos responderem ao aumento de pedidos, principalmente por parte de empresas e particulares, deparámos com a realização dessa protecção por elementos ou empresas a actuarem sem qualquer preparação e sem qualquer enquadramento jurídico.
Em consequência da alteração da legislação sobre a segurança privada, que veio abrir portas às empresas do sector com a possibilidade de realizar a protecção de pessoas na via pública, começámos a ver nos meios de comunicação social, e mesmo nas nossas ruas, elementos destas empresas a realizar este tipo de serviço.
Mas, talvez por defeito meu, na grande maioria das vezes o que vejo são os "famosos" elementos de fato escuro, óculos escuros, porte físico avultado, tipo “gorila” e vi, mesmo em reportagens de algumas cadeias de televisão, a sua formação a sair dos carros de armas na mão, em grandes cambalhotas e saltos, tudo com grande aparato.Não ponho em dúvida que se eles existem e se as empresas investem neste tipo de formação é porque terão clientes para os mesmos, mas será que este mercado justifica o investimento por parte das empresas? Não estará em risco de desinvestimento e diminuição de oferta, podendo mesmo acabar com este tipo de trabalho no nosso país? Acredito que a protecção a pessoas será sempre necessária, na consequência das possíveis ameaças que possam surgir e que possam afectar a tranquilidade e a segurança das pessoas, sejam elas políticos, empresários, artistas, simples cidadãos ou até mesmo os "peneirentos" que querem mostrar aos amigos que têm dinheiro para pagar e até são tão importantes que sofrem ameaças. Nos Estados Unidos da América e em alguns países da Europa existe, já há bastante tempo, uma especialização deste serviço denominado "Executive Protection" que se baseia na necessidade dos executivos empresariais, que principalmente reside na sua protecção, conforto e rentabilização do seu tempo. Este serviço desenvolveu técnicas específicas para oferecer aos executivos 3 factores principais:


· 1º Rentabilização ao máximo do seu tempo;
· 2º Protecção, com discrição e sem aparatos (coisa que o CSP da PSP, parece desconhecer como se faz);
· 3º Conforto.

Pessoalmente, tive o privilégio de ter recebido formação específica neste serviço, realizada no Reino Unido, e a oportunidade de o realizar em diversas ocasiões em diversos locais do globo. Poderia resumir, como principal meio de actuar, o planeamento. Este serviço obriga a um planeamento muito detalhado e com a máxima antecedência possível. Este planeamento começa quando o executivo decide realizar a viagem e/ ou os contactos. O líder da equipa de segurança, em conjunto com o secretariado do executivo, inicia então a preparação da agenda, de forma a que o tempo dispendido com viagens seja o menor possível, bem como para garantir que as mesmas se realizam prevendo a total protecção do executivo, não só de possíveis ataques, mas também de acidentes.
Após este planeamento a equipa de segurança vai para o terreno e aí confi rma os percursos e respectivos tempos, locais de estadia, refeições e reuniões, de modo a que tudo esteja planeado. Neste planeamento todos os detalhes são vistos e revistos por diversas vezes e o plano de actuação é testado por diversas vezes. O detalhe deste planeamento é tal que uma das dificuldades que uma vez tive foi numa cidade da Polónia para encontrar um hospital em que, durante o período de permanência do meu executivo, tivesse em prontidão uma equipa médica que dominasse a língua inglesa. Lembro-me, com algum humor, do período de formação em que fomos mentalizados para nos preocuparmos sempre com 3 factores:

1. Não existirem surpresas;
2. Nunca estarmos tão perto do nosso protegido que ele se sinta na necessidade de nos apresentar, nem tão longe que, em 2 segundos, não estivéssemos a seu lado;
3. Nunca nos apresentarmos de forma a nos tornarmos um alvo, por exemplo, com fatos pretos e óculos escuros.
Já agora, essa de se utilizar os óculos escuros para não se ver para onde olhamos, já era! Quanto ao planeamento, temos que compreender que cada minuto de um executivo tem um valor elevado, não só para si próprio como para a organização que representa e dirige. Lembro-me que, do largo período em que realizei este serviço para uma das maiores multinacionais do mercado financeiro global, a única vez em que fui chamado à atenção por parte do CEO desse grupo económico foi em Frankfurt, quando, devido a um erro de planeamento, chegámos ao aeroporto com 45 minutos de antecedência do vôo, quando o anteriormente definido seria de 15 minutos. Assim, o meu protegido, salientou-me que 30 minutos a mais na espera de um voo era um prejuízo substancial para a organização e para eu não repetir. Por este exemplo podemos verificar o detalhe em que este tipo de serviço tem de trabalhar. Nada pode ficar ao acaso, principalmente na protecção pessoal do executivo, pois ao efectuarmos uma protecção sem aparatos, com aproximação média, e na maioria das vezes sem armas, qualquer falta de planeamento poderá ser o fim da missão.
Quanto à protecção pessoal, a filosofia da mesma é prever todas as possíveis ameaças, criar um plano de actuação para todas e em todos os locais e, depois, em situação de ameaça, o nosso objectivo é afastar e mesmo retirar o nosso protegido para local seguro e não nos preocuparmos com a ameaça; tal objectivo competirá à equipa de segurança local ou autoridades.
No que diz respeito ao factor do conforto talvez esta parte seja um ponto de grande discórdia para os nossos técnicos de segurança, pois num seminário realizado em Lisboa, ao relatar aos meus colegas este tipo de detalhe e missão, este foi quase unanimemente definido pelos presentes como desnecessário e, até, humilhante para a segurança - mas eu continuo a discordar deles.
O conforto do executivo quando viaja, ou quando se encontra em reuniões exteriores, é importantíssimo para a sua rentabilidade como executivo. Se dormiu mal, se acordou mal disposto pela temperatura ou pelo aspecto do quarto, tudo isto vai influenciar o seu comportamento, pondo mesmo em causa bons resultados nos negócios.
Como seguranças de “executive protection” a nossa missão é garantir à empresa a maior produtividade deste executivo. Para isso temos de o proteger no seu trabalho e garantir que não há desperdício de tempo, mas também temos a responsabilidade de garantir-lhe o máximo de conforto, para que ele possa então cumprir com a sua missão.
Portanto, nunca me senti humilhado, ou com uma missão menor quando, por exemplo, e caso específico de um executivo que protegi por diversas vezes, ele solicitava um jarro de água morna ao planear as suas reuniões, pois esse era o conforto dele. É evidente que, para tal, as particularidades do protegido têm de ser do conhecimento do líder da equipa de protecção, desde que, claro, sejam necessárias à missão. Para isso, temos de transmitir confiança ao executivo para ele nos confiar estas particularidades e até, muitas vezes, partilhar partes da sua vida privada.
Quantas vezes, o executivo, à noite ou noutra altura, quer divertir-se ou quer passear, ou simplesmente quer fazer compras para a família? Pois nós também participamos neste lado da sua vida, e se ele não se sente confortável com a nossa presença e participação, ele vai fazê-lo às escondidas e vamos perdê-lo.
Resumindo, o objectivo é não só proteger, mas garantir ao nosso executivo a tranquilidade e boa disposição necessárias para aumentar a sua produção. Assim, cria-se um serviço pró-activo, que de despesa pura se transforma em investimento. É evidente que obriga a uma maior formação dos seus agentes, a um maior profissionalismo e a uma maior preparação (não se admite neste serviço um segurança que não domine alguns idiomas, por exemplo).
Pergunto-me se o risco, na grande maioria dos casos dos nosso executivos e no interior do nosso país, justifica o aparato de armas, fatos escuros, equipas de 5 elementos, viaturas blindadas "artilhadas" com sirenes e strobs, etc. "Visto por outro ângulo" não será muito mais apropriado o tipo de serviço referido como "executive protection" e, até, muito mais ligado à nossa cultura de baixa agressividade? Não consigo ver um executivo português, em Portugal, a sentir-se satisfeito ao ver-se acompanhado pelos ditos "gorilas", a dar bem nas vistas e com toda a gente a olhar e a comentar a sua segurança, excepto se o seu objectivo for mesmo dar nas vistas!
Com este serviço, não se apresentaria um maior profissionalismo no sector, beneficiando-o, elevando a relação do mesmo com o mercado, melhorando a sua imagem exterior e transmitindo uma ideia de confiança? Então porque não vemos publicitado no mercado este tipo de serviço? Não interessa às empresas de segurança?
...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

sábado, 16 de agosto de 2008

Security Services in UK

























Ser homem é:

- sentir a dor física de uma bolada nos tomates;

- a tortura de ter de usar fato e gravata no Verão;

- o suplício de fazer a barba todos os dias;

- o desespero dos boxers apertados;

- a loucura que é fingir indiferença diante de uma mulher sem soutien;

- a loucura de resistir olhar para umas pernas com uma mini-saia;

- ir à praia e resistir olhar para aquele mulherão que está deitada ao lado;

- viver sob o permanente risco de ter de andar à porrada;

- vigiar o grelhador no churrasco ao fim de semana enquanto todos se divertem;

- ter sempre de resolver os problemas do carro;

- ter de reparar na nova roupa dela;

- ter de reparar que ela também mudou de perfume;

- ter de reparar que ela mudou a tinta do cabelo de Imedia 713 para 731 loiro/bege;

- ter de reparar que ela cortou o cabelo, mesmo que seja só 1cm;

- ter de reparar, mas não poder comentar que ela tem celulite;

- jamais poder dizer que ela engordou, mesmo que seja a pura da verdade;

- ter que desviar os olhos do decote da secretária, que se faz de distraída e deixa a blusa desabotoada até ao umbigo;

- ter a obrigação de ser um atleta sexual;

- ter a suspeita de que todos aqueles suspiros e gemidos, são só para incentivar-nos;

- ouvir um NÃO, virar-se para o lado conformado e dormir, apesar da tesão;

- ter de ouvi-la dizer que está sem roupa;

- ter de almoçar aos domingos na casa dos sogros e discutir política com aquele velho reacionário;

- tratar bem os sobrinhos e controlar-se, para não olhar para o decote da irmã dela;

- não dar um estalo no irmão dela, que vem sempre pedir-nos dinheiro emprestado.


... depois elas ainda acham que é fácil, só porque nós NÃO TEMOS O PERÍODO!!!....

Empregada VS Patroa


sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Formação Combate a Incêndio







Security & Safety

































Serviços de Segurança - Eventos





























Juventude Hi-Tech...

A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida. E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os 30. À dias, estava à conversa com um grupo jovens... e o meu grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando falei no Tom Sawyer.
“Quem?“, perguntaram eles. Quem?! Eles não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu Deus... Como é que eles conseguem viver com eles mesmos? A própria música:
- “Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além...” era para eles como o hino senegalês cantado em mandarim...
Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente eles também não conhecem outros ícones da juventude de outrora.
O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche; Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs; Galáctica, que acalentava os sonhos dos jovens, com as suas naves triangulares; O Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus; O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos; A Super Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas, lembram-se?); O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Radical, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual... E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração:
O Verão Azul. Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer. Quem não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que respira. Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada. Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não passaram, o que os torna fracos:
Eles nunca subiram a uma árvore! E pior, nunca cairam de uma. São uns moles. Eles não viveram as suas infâncias a sonhar que um dia iam ser duplos de cinema. Eles não se transformavam em super-heróis quando brincavam com os amigos. Eles não faziam guerras de cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos. Aliás, para eles é inconcebível que se vá a uma obra.
Eles nunca roubaram chocolates no Pingo-Doce. O “Bate-pé” para eles é marcar o ritmo de uma canção. Confesso, nesse dia senti-me velho...
Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador. Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft.
Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros. Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e fazer exames a possíveis infecções... e depois está meses em casa fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído.


Doenças com nomes tipo “Moleculum infanticus”, que não existiam antigamente. No meu tempo, se um gajo dava um malho muitas vezes chamado de 'terno' nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse.
Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos... um gajo na altura aprendia a viver com o perigo:
Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia. E sabíamos viver com isso. Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos maiores com menos idade? E ainda nos chamavam geração “rasca”... Nós éramos mais a geração “à rasca”, isso sim. Sempre à rasca de dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro. Agora não falta nada aos putos...
Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda para se juntar e para servir de presente de aniversário e de Natal, tudo junto.
Hoje, ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo.
Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos megabytes de RAM tem aquela versão da bicicleta.

Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada 10 putos sejam cromos... antes, só havia um cromo por turma. Era o totó de óculos, que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola, porque sangrava do nariz e que não tinha namoradas. É certo que depois veio a ser líder de algum partido politico, ou director técnico de alguma grande empresa de computadores, mas não curtiu nada...

Putos curtam a vida...

Viva a geração de 70....

Geração de '70

Nascidos antes de 1986

De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípio de 80 não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas, mas com tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos. Não tínhamos frascos de medicamento com tampas "à prova de crianças" ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas. Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.

Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos de segurança e sem airbags - viajar no banco da frente era um bónus.
Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa, e sabia bem. Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora.
Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.

Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pela calçada abaixo, para só depois nos lembrarmos que nos haviamos esquecido de montar uns travões. Depois de acabarmos no posto médico da área, aprendíamos.

Saímos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer. Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso. Não tínhamos Play Station, nem X-Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD’s ou chats na Internet.
Tínhamos amigos – e se os quiséssemos encontrar íamos à rua. Jogávamos ao elástico e à barra, e à bola até doía! Caíamos das arvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.

Havia lutas com punhos mas sem sermos processados. Batíamos às portas dos vizinhos e fugíamos, e tínhamos mesmo medo de ser apanhados.
Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não íamos a pé para a escola; não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.

Criávamos jogos com paus, pedras e bolas. Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem, eles estavam sempre do lado da lei.

Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre. Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e de ideias novas. Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.
És um deles? Parabéns!

A maioria dos estudantes que estão nas universidades hoje, nasceram após 1986... chamam-se jovens. Nunca ouviram o "we are the world" e o "uptown girl" conhecem dos Westlife e não do Billy Joel. Nunca ouviram falar do Rick Astley, dos Banarama ou da Belinda Carlisle.
Para eles sempre houve uma única Alemanha e um Vietname. A SIDA sempre existiu. Os CD's sempre existiram...

O Michael Jackson sempre foi branco. Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo foi um dia o deus da dança. Acreditam que a Missão Impossível e os Anjos de Charlie são filmes do ano passado. Não conseguem imaginar a vida sem computadores. E não acreditam que houve televisão a preto e branco.

Passa esta mensagem a outros que tiveram a sorte de crescer como verdadeiras crianças, antes dos advogados e governos regularem as nossas vidas, "para nosso bem". Para todos os outros que não têm idade suficiente pensei que gostassem de ler acerca de nós. Isto meus amigos é surpreendentemente medonho... e talvez ponha um sorriso nos vossos lábios:

E agora vamos ver se estamos realmente a ficar velhos:

1) Entendes o que está escrito acima e sorris
2) Precisas de dormir mais depois de uma noitada
3) Os teus amigos estão casados ou a casar
4). Surpreende-te ver crianças tão á vontade com computadores
5) Abanas a cabeça ao ver adolescentes “viciados” em telemóveis
6) Lembras-te da da novela “Gabriela” (a primeira vez)
7) Encontras amigos e falas dos bons velhos tempos (e da saudosa revista Gina)
8) Vais copiar e encaminhar este este texto para outros amigos, porque achas que eles vão gostar.

Eufemismos - Esses Palavrões...

Quando eu era “chavalo”, costumávamos jogar futebol com um deficiente lá do bairro. Era conhecido por “Carlinhos Mongolóide” e tinha um remate de pé direito à Platini.
Um dia a mãe do Carlinhos ouviu-nos a gritar: "Passa a bola oh mongo!" e veio-nos dizer que era feio chamar mongolóide a uma pessoa com Síndroma de Down. Na altura a única coisa que me preocupou foi se o Carlinhos, agora que tinha essa cena de Down, podia jogar no torneio inter-bairros da semana seguinte.
Passou-se algum tempo e um dia ouvimos os adultos a comentarem que o Carlinhos tinha "Trissomia 21". Foda-se!! Aquela merda do coiso de Down ainda vá que não vá, mas esta história de doenças com números ao barulho já era demais para a malta lá do bairro. E o resultado foi que já ninguém queria jogar futebol com o Carlinhos, com medo de apanhar uma doença estranha por tabela.
Mais tarde, quando finalmente cresci em cérebro e comecei a ler umas merdas, fiquei a saber que aquelas doenças todas com nomes foleiros não passavam de sinónimos simpáticos para o mongolismo.
Como toda a gente sabe, isto é um clássico caso de eufemismo. E como toda a gente devia saber, isso é muit’a roto.
Qual é o problema de chamar mongolóide ao Carlinhos? Depois ouço aqueles intelectualóides de esquerda (e de direita também. Os intelectualóides são todos uns conas, e não interessa de que ponto cardeal é que vêm) a dizer coisas do estilo:
- "Ah, mas utilizar esses termos depreciativos apenas serve para abalar a auto-estima e o desenvolvimento saudável da psique". Enfiem a psique onde o sol não brilha, seus falhados. Tenham a coragem de chamar as coisas pelos nomes, se não pela verdade, pelo menos pelo respeito a quem chamam essas coisas. Ou vocês acham que o Carlinhos se sente confortável quando toda a gente evita dizer o que ele é ou se passam a vida inventar nomes novos, como se tivessem vergonha daquilo que ele é? Um mongolóide e nada mais.
Mas esta “bicheza” dos eufemismos não se fica só pelo mongolismo. A nossa sociedade é a sociedade do politicamente correcto. Toda a gente tem susceptibilidades muito frágeis e qualquer palavra minimamente fora dos parâmetros “amaricados” do politicamente correcto é logo móbil para uma crise de choro e três processos judiciais.
Quando vejo alguém a descrever uma pessoa como sendo uma "pessoa de cor" até me rebentam úlceras intestinais. "Pessoas de cor"? De que cor? Isto é suposto serem os pretos? Ou os roxos? E os brancos? Branco não é uma cor? Qual é o problema de dizer que alguém é preto ou branco? Tudo bem que cromaticamente falando não é das afirmações mais correctas. Se alguém for mesmo preto é porque caiu num bidão de alcatrão, e quem for mesmo branco é muito provável que esteja na Casa Mortuária de algum hospital, mas não é prático estar a descrever o tom de azul/ roxo/ preto/ verde que a pessoa tem.
Há um eufemismo em particular que me pára a circulação: A bolada nos tomates num jogo de futebol.
Estamos a falar de um desporto que é suposto ser muito másculo, em que 22 macacos carregados de testosterona andam muito perto de andar à porrada por causa de uma bola. e há insultos a voar por todos os lados. De repente alguém dá uma “bordoada” na bola e esta vai colidir a 80 km/h com os tomates de um desgraçado qualquer. Tudo o que é gajo do público logo de imediato tem aquele movimento instintivo de proteger a “prata da casa”, mesmo sabendo que foi a do jogador que foi toda amassada, e ninguém tem dúvidas que a bola lhe acertou em cheio nos tomates.
Ninguém excepto o “deficiente” que deixaram comentar o jogo, para quem a bola acabou de acertar na “região do baixo ventre" do jogador.
Se alguma vez alguém tiver o descaramento de chamar ao meu equipamento de prazer "baixo ventre", eu vou-lhe dar umas lições de anatomia ali mesmo. Quando a minha rótula esmagar as gónadas do abusador, ele nunca mais vai trocar o nome dos meus tomates.

Se estás a ler isto e me consideras uma pessoa extremamente incorrecta, então és também um imbecil, amaricado do “politicamente correcto”







20 Anos - Como os tempos mudam

* Situação: O Pedro está a pensar ir até ao monte depois das aulas, assim que entra na escola mostra uma pequena navalha ao colega João, com a qual espera poder entalhar um pedaço de madeira para fazer uma fisga.*
Ano 1978: O director da escola vê a navalha, pergunta-lhe onde se vendem daquelas, e mostra-lhe a sua, que é mais antiga, mas que também é boa.
Ano 2008: A escola é encerrada, chamam a Polícia Judiciária e levam o Pedro para um reformatório. A SIC e a TVI apresentam telejornais desde a porta da escola, e especulam sobre o ambiente familiar do menor.

* Situação: O Carlos e o Joaquim trocam uns socos no fim das aulas.*
Ano 1978: Os companheiros animam a luta, e o Carlos ganha. Dão um aperto de mãos e acabam por ir juntos jogar matrecos.
Ano 2008: A escola é encerrada. A SIC proclama o mês anti-violência escolar, o Jornal de Notícias faz uma capa inteira dedicada ao tema, e a TVI insiste em colocar a Manuela Moura-Guedes à porta da escola a apresentar o telejornal, mesmo debaixo de chuva.

* Situação: O Jaime não pára quieto na sala de aula, interrompe e incomoda os colegas.*
Ano 1978: Mandam o Jaime ir falar com o director da escola, e este dá-lhe uma bronca de todo o tamanho. O Jaime volta à aula, senta-se em silêncio e não interrompe mais.
Ano 2008: Administram ao Jaime doses cavalares de Ritalin, de modo que o puto fica a parecer um zombie. A escola recebe um apoio financeiro por terem um aluno incapacitado.

* Situação: Inadevertidamente o Luís parte o vidro dum carro que se encontrva estacionado numa rua lá no bairro. O pai saca do cinto e dá-lhe uma valente tareia.*
Ano 1978: O Luís tem mais cuidado da próxima vez. Cresce normalmente, vai à universidade e converte-se num homem de negócios bem sucedido.
Ano 2008: Prendem o pai do Luís por maus tratos a menores. Sem a figura paterna, o Luís junta-se a um gang de rua. Os psicólogos convencem a sua irmã que o pai abusava dela e metem-no na cadeia para sempre. A mãe do Luís começa a namorar com o psicólogo. O programa da Fátima Lopes mantém durante meses o caso em estudo, bem como o Você na TV do Manuel Luís Goucha.

* Situação: O Zézinho cai enquanto corria no pátio da escola, e arranha um joelho. A sua professora Maria encontra-o sentado no pátio a chorar, e abraça-o para o consolar.*
Ano 1978: Passado pouco tempo, o Zézinho sente-se melhor, enxagua as lágrimas e continua a correr.
Ano 2008: A Maria é acusada de perversão de menores e vai para o desemprego. Confronta-se com 3 anos de prisão. O Zézinho passa 5 anos em terapia. Os seus pais processam a escola por negligência e a professora Maria por trauma emocional, ganhando ambos os processos. Maria, no desemprego e cheia de dívidas suicida-se atirando-se de um prédio. Ao aterrar, cai em cima de um carro, mas antes ainda parte com o corpo o vidro de uma varanda. Os donos do carro e do apartamento processam os familiares da Maria por destruição de propriedade, e ganham. A SIC produze um telefilme baseado neste caso.

* Situação: Um puto branco e um puto negro andam à batatada por um ter chamado 'chocolate' ao outro.*
Ano 1978: Depois de uns socos esquivos, levantam-se e cada um vai para sua casa. Amanhã serão novamente amigos.
Ano 2008: A TVI envia os seus melhores correspondentes para o local. A SIC prepara uma grande reportagem dessas com investigadores que passaram dias no colégio a averiguar factos. Emitem-se programas e documentários sobre jovens problemáticos e ódio racial. A juventude Skinhead finge revolucionar-se a respeito disto. O governo oferece um apartamento à família do miúdo negro.

* Situação: Tens que fazer uma viagem. *
Ano 1978: Viajas num avião de TAP, num banco em que cabem dois como tu. Dão-te de comer, convidam-te a beber seja o que for, tudo servido por simpáticas e sensuais hospedeiras.
Ano 2008: Entras no avião a apertar o cinto nas calças, que te obrigaram a tirar no controlo. Enfiam-te num banco onde tens de respirar fundo para entrar e espetas o cotovelo na boca do passageiro do lado... e se tiveres sede o Comissário de Bordo, gay apresenta-te um menu de bebidas com os preços inflacionados a 150%, só porque sim... E não protestes muito, pois quando aterrares, enfiam-te o dedo mais gordo do mundo... pelo cú acima para verem se trazes drogas.

* Situação: Disciplina escolar:*
Ano 1978: Fazias uma asneira na sala de aula. O professor espetava-te duas bofetadas bem merecidas. Ao chegar a casa o teu pai dava-te mais duas, porque “alguma deves ter feito”
Ano 2008: Fazes uma asneira. O professor pede-te desculpa. O teu pai pede-te desculpa e compra-te uma Playstation 3.

* Situação: Chega o Outono**
Ano 1978: Chega o dia de mudança de horário de Verão para Inverno. E não se passa nada.
Ano 2008: Chega o dia de mudança de horário de Verão para Inverno. As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão e diarreia.

* Situação: O fim das férias.**
Ano 1978: Depois de passar 15 dias com a família atrelada numa caravana puxada por um Fiat 600 amarelo, pela costa de Portugal, terminam as férias. No dia seguinte, vais trabalhar e ponto final.
Ano 2008: Depois de voltares de Cancún de uma viagem com tudo pago, terminam as férias. Metes 15 dias de baixa médica, porque voltaste com distúrbios de sono, depressão, seborreia, diarreia... e quiçá piolhos...

terça-feira, 24 de junho de 2008

Odeias o teu emprego??

Quando tiveres um daqueles dias, em k só te apece gritar: " Eu odeio o meu trabalho! ", experimenta o seguinte:
A caminho de casa, pára numa farmácia, e compra um termómetro rectal da marca "Johnson & Johnson". Assegura-te que é desta marca e não de uma outra qualquer. Ao chegares a casa fecha todas as portas, corre os cortinados e desliga o telemóvel, de forma a não seres incomodado durante a tua terapia. Muda para uma roupa confortável, por exemplo um fato de treino, e deita-te na cama. Abre a embalagem, retira o termómetro, e coloca-o cuidadosamente na mesa de cabeceira, evitando que o mesmo fique estalado ou partido. Retira o prospecto que vem com o termómetro, e lê-o. Verás então que, em letras pequenas, está escrito: "Os termómetros rectais fabricados pela Johnson & Johnson são todos testados pessoalmente". Agora fecha os olhos e repete, em voz alta, 5 vezes: "Estou muito feliz, porque não trabalho no controlo de qualidade da Johnson & Johnson".
Tem um bom dia e lembra-te, há sempre alguém com um emprego pior do que o teu! Lol

Os Lambe-Botas (ou outras partes menos expostas).

São um espécime execrável. Insidiosos, fazem-se notar pela predisposição em lamber o chão que vamos pisar de seguida. Nas suas mãos, ficamos nos píncaros, quase entidades divinas. Eles desmentem um dos predicados da revolução francesa – a igualdade –, pois os tratos de polé que dedicam às entidades cujo ego massajam mostram que a igualdade não passa de uma miragem, e bem distante. Estão em todo o lado. Há aqueles que nos tratam com indiferença se aparecemos sem gravata. Mas se no dia seguinte aparecemos de fatiota aprumada e gravata com estilo, logo muda o comportamento: a começar pela deferência de tratamento “Sr. Dr.” para isto, “Sr. Dr.” para aquilo), finalizando nas atenções que o título concita. Há os que cultivam a cadeia de poder e se desfazem em vénias defronte do chefe, passando o espanador pelos locais onde o chefe senta o rabo, na elegia da chefia. No universo dos lambe botas há três exemplos que me tocam pessoalmente. O primeiro é o dos restaurantes de primeira água, com uma estratégia de sedução do cliente bem estudada. Não tenho nada com os predicados de educação dos empregados de mesa. Entre um empregado de mesa com atenções excessivas e um empregado de mesa bronco, descuidado e desconhecedor da higiene, prefiro o primeiro. Mas há excessos que me irritam. O melhor exemplo é quando o repasto é servido e, passados uns minutos, o empregado de mesa (ou o chefe) se desloca até junto dos comensais e pergunta, delicadamente, se a refeição está a gosto. Sei que a irritação pessoal pode ser apenas uma manifestação do mau feito que por aqui abunda. Neste momento, podia estar a ser flagelado pela contra-argumentação: diriam os que compreendem as multiplicadas atenções, que o empregado de mesa apenas se preocupa com a qualidade do que foi servido ao cliente. Quer saber se o preço que vai pagar compensa os atributos dos pitéus servidos. Tenho uma interpretação alternativa: quando o chefe de mesa chega cheio de salamaleques e interroga se está tudo a contento, está à espera que o cliente diga que sim. Ao dizer que sim, o restaurante enche-se de brio: e conclui que arrebatou mais um cliente. No fundo, quando o chefe de mesa se acerca dos amesendados e pergunta se estão satisfeitos com o lauto manjar, esta é uma forma disfarçada de puxar a graxa aos clientes. Uma forma alternativa de ser lambe botas. Segundo exemplo: os alunos que se desdobram em elogios ao professor. Perturba-me: porque convivo mal com elogios (não é falsa modéstia, é apenas o incómodo que sinto quando os ouço, acometido pelo súbito desejo de me enfiar no buraco mais próximo); e reparo que há no rol de elogios a sensação de passar a escova pelo lombo do professor, uma tentativa para o domesticar, para conquistar a sua generosidade quando for chegado o momento crucial da avaliação. Àqueles espécimes que abusam na arte de lamber as botas, apetece-me perder a imparcialidade na avaliação. E penalizá-los, pesadamente, só para contrariar o indisfarçável dislate de quem ostenta a faceta de lambe botas, sem pudor pelos demais que o olham de soslaio. Último exemplo: em tempos exerci funções de chefia/ coordenação de uma das mais ingratas profissões do mundo. Geria os recursos humanos do grupo de trabalho – por exemplo, a distribuição das tarefas a executar pelos colaboradores. Alguns colegas não se coibiam de exercer pressão de forma “despudorada”. Alguns pediam-me para lhes atribuir a tarefa A ou a tarefa B. Um tinha a atitude típica do colaborador que lambia o chão por onde eu passava, se necessário fosse. Deixei de exercer aquelas funções. A criatura em causa deixou de me cumprimentar sequer. Do oitenta ao zero, num ápice. O paradigma de como se é lambe-botas de forma oportunista. Como, abandonadas as funções que me empossavam num poder que só os outros julgavam ser imenso, aquela criatura me passou a dedicar a mais profunda indiferença. Se há pior lambe-botas, é este. O lambe-botas que o é quando lhe convém e faz de conta que não conhece o anterior alvo quando ele perde o poder, logo, o interesse em mimar.